Viajando pelo Brasil com seu gato
OBS. Independente das informações dadas aqui é importantíssimo que você SEMPRE confirme junto aos órgãos competentes e às companhias de transporte aéreo ou terrestre quais são os procedimentos, porque as regras podem mudar, e além disso PEÇA QUE ELES CONFIRMEM AS INFORMAÇÕES DADAS POR ESCRITO, seja através de email, ou fornecendo um link que você possa imprimir caso seja preciso argumentar depois. Lembramos que as informações encontradas aqui servem apenas para auxilia-lo na busca de informações.
Viagens nacionais
Um feriado prolongado, férias na praia ou até mudança de cidade! Situações como essas acontecem com todo mundo. E para quem tem gatos, o estresse e a preocupação aumentam. Mas transportar peludos pelo Brasil não é tão complicado. Seja de carro, de avião ou de ônibus, a documentação é a mesma.
Antes de viajar com seu gato, certifique-se sempre que o local de destino oferece infraestrutura adequada. Verifique se gatos são aceitos nos locais onde vai se hospedar. Certifique-se que o local de destino oferece proteção contra fugas. Existem sites especializados para ajudá-lo a encontrar hotéis que aceitam pets, por exemplo www.viajandocomseucao.com.br.
Documentos exigidos
Dentro do território brasileiro, gatos e cachorros podem transitar desde que portem um atestado de saúde e carteirinha de vacinação.
Atestado de saúde
O atestado deve ser emitido por um médico veterinário inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária. No atestado devem constar:
- nome, espécie, raça, porte, sexo;
- pelagem, quando for o caso;
- idade real ou presumida;
- informação sobre o estado de saúde do animal;
- informações sobre imunização antirrábica, atentando para a assiduidade da vacinação;
- informações sobre o microchip, quando for o caso;
- identificação do médico veterinário: carimbo (legível) com o nome completo, número de inscrição no CRMV e assinatura;
- identificação do proprietário: nome, CPF e endereço completo;
- data e local.
O Vigiagro (Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional) aconselha que o atestado seja emitido, no máximo, uma semana antes da viagem. Lembramos que algumas companhias aéreas pedem um prazo menor. Mas falaremos delas mais para frente.
Carteira de vacinação
Na carteira devem constar todas as vacinas feitas no animal. Para o transporte nacional, é exigido que constem na carteirinha as vacinações antirrábicas.
Devem constar os seguintes dados:
- nome comercial da vacina;
- número do lote;
- assinatura e carimbo do médico veterinário;
- data de aplicação e validade da vacina, muitas vezes apresentada como “próxima vacina”.
Para maior segurança, sugerimos que peça ao seu veterinário que cole a etiqueta da vacina na carteira de vacinação.
Caso você tenha vacinado seu gato nas campanhas municipais, o Vigiagro aconselha que você leve os recibos da vacinação junto com o atestado do veterinário. É muito importante que no atestado constem as informações sobre a vacinação antirrábica.
De carro
Se seu gato for te acompanhar em uma viagem de carro, lembre-se que a segurança dele deve estar em primeiro lugar.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (http://www.denatran.gov.br/ctb.htm), é proibido transportar animais na parte externa de qualquer veículo. O motorista também não pode levar animais à sua esquerda ou em seu colo. O motorista também pode ser punido caso tenha a atenção tirada pelo animal solto dentro do carro. Gente, isso vale inclusive para passeios pela cidade com seu pet! É comum vermos pessoas dirigindo com o cãozinho solto no carro, no colo do motorista, ou até na caçamba! Se um guarda te parar e resolver encrencar, se prepare para uma bela multa.
A lei sugere e nós aconselhamos que seu gato sempre viaje dentro de uma caixa adequada para seu transporte. Caixas de transporte são facilmente encontradas em lojas de produtos para animais. É importante que a caixa possa ficar estável no banco do carro, preferencialmente deve ser acomodada no banco de trás do veículo e, se possível, ser presa ao cinto de segurança. O gato, quando assustado ou estressado, se solto no veículo pode querer se esconder embaixo dos bancos, nos pés do motorista ou até pular pela janela.
Fique sempre atento à temperatura do veículo. Os gatos e cachorros não suam, isso faz com que sua temperatura suba muito. Procure viajar em horários mais frescos e faça paradas (seguras) para oferecer água a seu gato. Mas atenção, como o animal pode estar assustado, sempre que parar verifique se todas as portas estão fechadas e se não existe nenhuma possibilidade de fuga. Lembre-se também que a temperatura em um carro sob o sol, mesmo com uma fresta da janela aberta, sobe absurdamente rápido. Em cerca de 60 min, com uma temperatura ambiente de 25ºC, a temperatura interna sobe para 47,8ºC!! Portanto, nem pensar em deixar seu pet dentro do carro enquanto você vai ao banheiro ou vai almoçar, isso é crime!!
De ônibus
A documentação exigida é a mesma: atestado do veterinário e a carteira de vacinação.
A acomodação dos animais é definida pela empresa responsável pelo transporte. As exigências variam muito.
Algumas empresas permitem que o animal seja transportado no salão do ônibus. Para isso ele deve estar em uma caixa de transporte padrão (geralmente a medida é de 20 centímetros de largura, 25 centímetros de altura e 40 centímetros de comprimento) e o animal não pode ser transportado de maneira que, eventualmente, cause transtorno para outros usuários.
Por não ser proibida a compra de dois ou mais bilhetes para um mesmo passageiro, algumas empresas sugerem que, caso você vá viajar com seu gato, compre um assento para a viagem do animal.
Existem companhias que oferecem um espaço específico para o transporte de animais. Geralmente esse espaço permite o transporte de, no máximo, três animais por viagem, que deverão estar acomodados em caixa de transporte.
Empresas que não permitem o transporte no salão do ônibus, transportam os animais dentro do bagageiro do ônibus. (particularmente achamos essa política um horror…animais não são bagagem! Se o bichinho passar mal, se machucar ou acontecer alguma outra coisa você só vai ver a hora que chegar ao seu destino…e às vezes pode ser tarde demais!)
Sempre antes de comprar o seu bilhete, certifique-se na companhia se você pode levar consigo o seu gato.
De avião
Assim como em viagens terrestres, as empresas aéreas definem a acomodação dos animais a serem por elas transportados. A documentação para transporte nacional é a mesma citada acima.
Buscamos informações com as principais companhias aéreas e disponibilizaremos um resumo aqui. Mas lembre-se: antes de comprar sua passagem, sempre se informe na companhia sobre as regras e tarifas de transporte animal. As regras sempre mudam.
Lembramos que em todos os casos, o transporte do seu gato depende da disponibilidade da companhia.
TAM (http://www.tam.com.br): permite o embarque de animais domésticos na cabine de passageiros. Para viajar dentro da cabine os animais não podem exceder 10 quilos de peso (esse peso deve ser o resultado da soma do peso do animal mais o peso do kennel – caixa de transporte). O animal deve se acomodado em um kennel, que deve ter espaço suficiente para seu animal dar uma volta completa em torno de si, ser de material resistente, livre de saliências ou protuberâncias, à prova de vazamentos e estar de acordo com as medidas sugeridas pela companhia. Animais com mais de 10 quilos devem ser transportados no porão da aeronave. Consulte a TAM para informações detalhadas. Em todo caso, você deve fazer a reserva do transporte do seu gato com até 24 horas de antecedência ao voo. Depois da confirmação do embarque, a companhia sugere que você compareça ao voo reservado com duas horas de antecedência. Os animais NÃO podem ser sedados antes da viagem.
Azul (http://www.voeazul.com.br/): transporta animais somente na cabine. Por voo são transportados até três animais. Cada animal deve estar acompanhado de um passageiro e deve ter mais de quatro meses de idade. O peso transportado (animal + kennel) não deve ultrapassar cinco quilos. Se ultrapassar os 5 kilos o embarque do animal não será possível.
Avianca (http://www.avianca.com.br/empresa/site/): transporta animais na cabine de passageiros. O peso total não pode exceder cinco quilos. O kennel deve ser de plástico rígido ou tecido resistente com fundo impermeável, livre de saliências, à prova de vazamentos e estar de acordo com as especificações de tamanho exigidas pela companhia. A reserva deve ser feita com até 48 horas de antecedência ao voo. Depois de confirmada a reserva, a companhia pede que você compareça ao balcão de check-in com duas horas de antecedência ao horário de decolagem do voo.
Gol (http://www.voegol.com.br ): não transporta animais na cabine. Por voo são aceitos apenas dois animais. Para viajar, os animais devem ter mais de quatro meses, estarem acomodados em um kennel com espaço suficiente para o animal dar uma volta completa em torno de si e que permita ventilação. O kennel deve estar bem lacrado e identificado com nome, endereço e telefone do passageiro responsável pelo animal. Caso a soma do peso do animal mais o peso do kennel ultrapasse 30 quilos o animal deverá ser transportado como carga. A GOL não transporta algumas raças de animais. Gatos de Raças Braquicefálicas (de focinho curto, como: Persa, Burmês, Exótico e Himalaio) não são transportados.
Trip (http://www.voetrip.com.br/): transporta animais somente no compartimento de bagagens. A empresa transporta somente um animal por voo. O peso total (animal + kennel) não deve ultrapassar oito quilos. Para transportar seu gato, a Trip exige que ele esteja sedado.
Webjet (http://www.webjet.com.br): transporta animais no porão da aeronave. A empresa transporta até dois animais por voo. São aceitos animais com peso total (animal + kennel) de até 30 quilos. O kennel deve ser apropriado para o transporte, resistente e que previna a fuga do animal. Resevar com antecedência de 24 horas antes do voo e comparecer ao balcão de check-in com duas horas de antecedência para preencher o formulário de solicitação de transporte de animais no porão da aeronave.
* Temos notícias de muitos casos de animais perdidos ou que vem a óbito durante viagens aéreas. Se você não tiver outra opção se não a de despachar o seu pet (não puder levá-lo com você na cabine), todo cuidado é pouco quando for lacrar a caixinha de transporte. Também já vimos casos em que a caixinha de transporte chegou praticamente destruída ao destino, e o pet lá dentro em estado lastimável de stress. Invista em uma caixa de transporte de excelente qualidade e resistência. É preferível pecar pelo excesso do que se tornar parte dessa infeliz estatística.
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