Microchip? O que é isso?

03 abril 2013, 17:08. Postado por Resgatinhos

Nossos gatinhos são entregues castrados, vacinados, vermifugados e microchipados

Em toda divulgação que fazemos colocamos essa informação. Castrados, vacinados e vermifugados tudo bem, mas microchipados? O que é isso?

O microchip é um chip onde está gravada uma sequência numérica exclusiva e inalterável, como um CPF do animal. Ele é colocado em uma cápsula cilíndrica um pouco maior que um grão de arroz, feita de vidro biocompatível (o mesmo usado em marca-passos), e implantado entre as escápulas do animal. Associado a essa numeração estão os principais dados do animal (nome e endereço dos tutores, vacinas tomadas, problemas de saúde, remédicos tomados, etc.), que são armazenados em um banco de dados que pode ser acessado pela internet.

Não existem danos à saúde do animal, já que, depois de implantado, o organismo encapsula o microchip (portanto não há migração pelo corpo), e ele fica lá por toda a vida. A existência do microchip é verificada através de um leitor semelhante a esses de código de barras – a comunicação é feita através de radiofrequência e não há necessidade de qualquer tipo de manutenção ou recarga.

Prós: permanente, não pode ser alterado ou removido do animal, aplicação rápida e praticamente indolor, feita no próprio consultório veterinário na presença do tutor. Contras: custo mais alto (varia entre R$50 e R$100), não é visível, para verificar a existência do microchip e obter seu número é necessário ter o equipamento de leitura, banco de dados ainda não é unificado.

Na cidade de São Paulo o implante do microchip é obrigatório nos animais que forem doados, permutados ou vendidos. Já na cidade de Americana, interior de SP, o implante do microchip é obrigatório para todos os animais, sem exceção (inclusive os animais do zoológico são todos microchipados). No exterior o uso do microchip é obrigatório já há anos. Se você for viajar com o seu animal para o exterior, obrigatoriamente precisará implantar o microchip – a identificação por tatuagem, por exemplo, não tem qualquer validade.

Além de ajudar os bichanos a reencontrarem seus lares, o microchip também contribui para a realização de pesquisas. Ao acessar o banco de dados, é possível saber o tempo médio de vida de uma raça em uma determinada região; verificar as doenças mais comuns em determinadas raças; controlar a vacinação; etc.

Animais em extinção, como a ararinha azul, estão sendo rastreados através do uso de microchips, que implantados em alguns exemplares são capazes de identificar até se a ave caiu nas mãos de traficantes de animais. Mas atenção: o microchip não funciona como um GPS!

Existe alguma controvérsia quanto à segurança do microchip, inclusive foi levantada a possibilidade de que causaria câncer. Existem inúmeros relatos na internet sobre isso, mas depois de uma leitura cuidadosa e crítica, examinando os depoimentos com respaldo científico, verifica-se que todos os casos se deram com a implantação de microchips de baixa qualidade, vendidos a granel. Esses microchips ‘tabajaras’ podem migrar pelo corpo do animal e realmente causar problemas de saúde, mas os microchips de boa procedência são seguros.

Há mais de 5 anos que o nosso grupo microchipa os animais, e nunca observamos qualquer tipo de problema ou migração. Usamos microchips da melhor qualidade, fabricados com biovidro e esterilizados de fábrica, compatíveis com leitoras universais. Para saber mais, acesse aqui.

A microchipagem é um modelo perfeito de identificação do animal? Ainda não. Será quando todos CCZs, clínicas e petshops tiverem um leitor, e os bancos de dados dos diferentes fabricantes se unirem em um só, para facilitar a identificação do animal onde quer que ele seja encontrado. Esperamos que isso aconteça em um futuro não muito distante. Também é muito importante que esse método de identificação seja mais divulgado.

Além do microchip, existem outras formas de identificarmos os peludos. As mais conhecidas são:

PLAQUINHA: uma espécie de pingente que deve ser preso à coleira. Nela devem estar escritos o nome do animal, do proprietário e telefones.

Prós: baixo custo e visualização imediata da identificação do animal. Contras: as coleiras podem ser arrancadas, mordidas e perdidas, e no caso de gatos, sabemos que muitos se recusam a usar.

TATUAGEM: como em humanos, a tatuagem é permanente. Normalmente se tatua na parte que o animal tenha menos pelo.

Prós: banco de dados unificado. Contras: a visualização depende de conseguir olhar a barriga do animal (onde normalmente é feita a tatuagem); como o método é doloroso e demorado, o animal deve ser sedado. Além disso, as marcas ‘impressas’ na pele do animal podem mudar de forma e até ganharem novas impressões por cima, dificultando a identificação. Outro fator preocupante é que para diminuir o custo quando o número de animais é muito grande, muitas vezes as tatuagens são feitas usando-se a mesma agulha em vários animais, o que facilita a proliferação de doenças.

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8 Responses to Microchip? O que é isso?

  1. As informações no banco de dados podem ser frequentemente alteradas? Por exemplo, a troca de endereços, telefones, etc…
    Mesmo com microchip, mantenho minha gatinha com a plaquinha de identificação. Fico com medo que caso algum dia ela se perca (mesmo sem ter acesso à rua, as vezes imprevistos saem do nosso controle) ngm se preocupe em levar a um veterinário para ele procurar se há um microchip nela, mesmo porque a população em geral não tem nem o conhecimento de que existe esse mecanismo de identificação…
    Realmente é um bom método, mas precisa ser mais divulgado/ popularizado, pra que possa ser tão efetivo quanto tem potencial de ser… E se algum dia conseguirem colocar um localizador, como um gps, aí sim ficaria perfeito!

    • Oi Kesianne, as informações não só podem como devem ser atualizadas sempre, o tutor precisa ter essa responsabilidade de manter o banco de dados sempre atualizado. Realmente o microchip aqui no Brasil ainda é um método pouco conhecido, por isso estamos trabalhando na divulgação, porque dentre os métodos acreditamos ser o com melhor potencial. E vamos adorar se algum dia ele vier com um GPS embutido, ia ser o máximo né!!

  2. Ótima matéria, como sempre. Os meus bi-gatinhos são microchipados, pois moro em Americana e como você mesma disse, aqui na cidade é obrigatório. Mas mantenho os dois com coleiras e plaquinhas de identificação também, mesmo eles não tendo acesso a rua. Porque? Bom, uma coisa sempre me intrigou: Todos os gatos que já tive foram resgatados das ruas, e a primeira coisa que faço/fiz foi levar para uma consulta no veterinário. E em nenhum caso o veterinário checou se havia um microchip no bichano. Realmente falta divulgação, mesmo entre veterinários. E olha que sempre levo em uma conceituada clínica.

    Por isso, além do microchip não dispenso a plaquinha. E além do GPS o Google poderia lançar o Google-cat-finder onde poderíamos localizar os peludos no Google Maps caso um dia eles resolvessem dar uma voltinha por ai… rsrsrsrs…

    Lambeijos

    • oi Josiane
      Ai, já pensou que delícia um Google-cat-finder? A gente ia amar! Já que os seus bi-gatos aceitam numa boa, você está certa em usar também as coleiras com plaquinha…e uma vez que em Americana a microchipagem é obrigatória por lei municipal, muito me surpreende que as clínicas não façam a leitura…é o caso de dar uma bela bronca nos veterinários! Realmente a divulgação precisa ser muito maior. Nos EUA é praxe, chegou animal resgatado em CCZ ou clínica veterinária, a primeira coisa que fazem é escanear procurando o microchip.

  3. Há um mês adotamos um gato. Por um RX soubemos que êle possui um microchip e já tenho o seu número Aonde procuro informações sobre o gato , já que a ONG nos forneceu algumas informações não corretas?

    • oi Mieko, vc não tem como acessar as informações do microchip, elas são confidenciais exceto para o ccz, ou o veterinário. Quem conseguiu obter o nr do microchip para vc? Se foi um veterinário, ele pode entrar em contato com o fabricante de microchip com que ele trabalha (se tem um leitor é porque usa microchip, na teoria) e pedir que identifiquem quem é o fabricante desse microchip específico, entrar em contato com eles, e tentar obter as informações para vc.

    • Mieko, vc tentou procurar seu microchip aqui? https://apps.facebook.com/encontreseuamigo/
      Se o microchip for dessa empresa, ele vai aparecer no cadastro e vc vai ter o contato não do proprietário, mas de quem implantou o microchip, e eles devem ter mais informações sobre o animal

  4. Estou há tanto tempo tantando descobrir os verdadeiros donos de uma gata que resgatei que dá até desânimo. Eu já passeo para várias pessoas do CCZ o número do microchip e nada. A idéia do microchip é boa, porém na prática não é bem assim que funciona =(..
    Desculpem o desabafo…

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